Quer eu queira quer não queira

Esta cidade

Há-de ser uma fronteira

E a verdade

Cada vez menos

Cada vez menos

Verdadeira

Quer eu queira

Quer não queira

No meio desta liberdade

Filhos da puta

Sem razão

E sem sentido

No meio da rua

Nua crua e bruta

Eu luto sempre do outro lado da luta

A polícia já tem o meu nome

Minha foto está no ficheiro

Porque eu não me rendo porque eu não me vendo

Nem por ideais

Nem por dinheiro

E como eu sou e quero ser sempre assim

Um rio que corre sem princípio nem fim

O poder podre dos homens normais

Está a tentar dar cabo de mim

Cabo de mim

(Tim/Xutos & Pontapés)

foto e edição: iac

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