BASS-OFF

BASS-OFF

Tertúlia Castelense, 5 Junho 2010


Trio de Caldas da Rainha, constroem um som que se pode “rotular” como rock alternativo experimental com fortes roupagens Indie.


Actualmente, andam a promover o excelente álbum de estreia de seu nome “OHmónimo”, fruto da vitória no Festival Termómetro organizado por Fernando Alvim e da victória no MTV/Levi’s 501 Live Unbottoned.


O single “Whatever” é uma amostra perfeita, com as guitarras a rasgar se misturam com “noise” e a um quase puro e duro “hard rock”, que facilmente tem um efeito viciante em que se cruza com o dito.


Foi num concerto de Moguai que os guitarristas/vocalista Né e Joe sentiram a vontade de dar inicio a uma banda, juntos o baterista Nuno que prontamente aceitou o convite. E foi em boa hora.


Mas aqui trata-se de falar da actuação em mãos.

Sofreram imenso com o evento “Serralves Em Festa”, pois a sala estava praticamente vazia… Mas é nestes momento que se vêem quem “os tens no sitio” e estes gajos sacam um prazer peculiar do simples facto de tocarem a musica que lhes dá gozo, e ainda que uma audiência maior fosse agradável em todos os aspectos, quem ali estava não se sentiu defraudado. Concerto seguro, garra qb, química entre os músicos é facilmente palpável…

O alinhamento foi exactamente o álbum inteiro, e os temas convenceram pela força e intenção, sendo ambas bem fortes e claras: partilhar sons, sensações e ideias.


O facto de não terem um baixista, passa completamente ao lado, e acaba por influenciar o som final, que é muito agradável, sendo o “noise” bem doseado (o rack de pedais do Né é assustador!), e estando o experimentalismo presente aqui e ali, a estrutura é forte e coesa, nunca entrando em delírios exibicionistas.

Objectivo: bons temas.


Abriram com “That Dead Song” e sentiu-se de imediato que a coisa era a valer.


O 2º tema, single do álbum, “Whatever” é orelhudo quando baste para ser single e ao mesmo tempo muito anti-pop na minha opinião, o que é um feito já em si. Vejam o vídeo, original, bem pensado e ainda melhor realizado. São Pedro converte-se!


Desfilavam os temas, dos quais destaco “Playing God”, uma prova do alto grau aditivo do som que estes rapazes destilam. Mas podia também referir “Sunrise” ou “Nova Nova”.


Depois o grande tema da banda, aquele que desde o 1º momento impulsionou isto tudo, o brutal “God Loves What He Hates”. Riffs, ritmicamente fortíssimo, é daquelas musicas que justifica a compra do álbum, mesmo sem considerar as restantes pérolas.


No álbum, tenho pena de não ser um dos 3 primeiros temas, talvez a substituir a “Playing God”… Acho que o álbum faria sentido na mesma, e ajudaria na hora da compra… sim porque hoje mais do que nunca, estas escolhas fazem toda a diferença.
















Não senti momentos “mortos”, apenas mais experimentalistas, que na minha opinião fazem todo o sentido e nem é preciso pensar muito.

Não posso deixar de mencionar o ultimo tema de nome “Virginia”. Uma demonstração de maturidade em termos de composição que resulta num tema muito interessante…

Actuação super profissional, face a uma sala vazia… fico a imaginar o que eles farão com malta a puxar por eles!!!

Estão cá para ficar e representam certamente o que de melhor acontece por cá.


















Pessoalmente, daquelas bandas que apetece aconselhar aos amigos, sem reservas.


Texto e Fotografia: Ricardo Costa



AGRADECIMENTOS:

TERTULIA CASTELENSE

MSOUNDS.PT

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