THEATRE OF TRAGEDY


20 DE MARÇO - CINE TEATRO DE CORROIOS


Quando os Theatre Of Tragedy lançaram a sua estreia homónima, em 1995, ninguém imaginava que as canções, que andavam a germinar em Stavanger, poderiam vir a influenciar toda uma geração de música pesada. Nem eles mesmos, provavelmente. A curiosa mistura de metal pesado, imaginário gótico, feeling épico e vocalizações operáticas explorada pela banda encantou pela sua frescura e pôs toda a gente a falar. A famosa, e muito popular, dicotomia da “bela e do monstro” – voz masculina grunhida versus voz feminina em registo soprano – nasceu aqui. O que conhecemos hoje em dia como metal gótico vocalizado no feminino, também.




A par dos holandeses The Gathering e Within Temptation, os Theatre Of Tragedy criaram as bases para uma tendência que, quando se olha para o panorama actual do metal mais tradicional, tem das mais sólidas bases de seguidores. Carreiras duradouras, com altos e baixos e que, com mais ou menos exposição, mantêm uma solidez impressionante. Desde que se separaram da famosa Liv Kristine, há quase sete anos, os músicos noruegueses já gravaram dois álbuns e, mantendo a mesma toada do que vinham a fazer, provaram que a vocalista Nell Sigland não fica a dever absolutamente nada à sua predecessora. Agora prometem confirmá-lo, ao vivo e a cores, quando subirem ao palco do Cine-Teatro de Corroios, no dia 20 de Março.



BIOGRAFIA



A fertilidade do movimento underground norueguês durante o início da década de 90 é sobejamente conhecida, mas nem só de black metal rezam as crónicas dessa época. As raízes dos Theatre Of Tragedy remontam a 1992, altura em que o vocalista Raymond István Rohonyi, os guitarristas Pål Bjåstad e Tommy Lindal e o baterista Hein Frode Hansen se encontraram nos Suffering Grief. A desenvolver uma personalidade, os três músicos convidaram Lorentz Aspen para colaborar em alguns arranjos de piano. A primeira canção que escreveram em conjunto, «Lament Of The Perishing Roses», deu origem a uma mudança de nome para La Reine Noir e, pouco tempo depois, Theatre Of Tragedy.



Foi já com a designação com que se tornaram famosos que chamaram uma jovem Liv Kristine Espenæs para cantar um ou dois temas na maqueta de estreia. Colocando no centro das atenções de um mundo essencialmente masculino uma mulher, abriu-se o caminho não só para um, mas para dois fenómenos – o female-fronted metal e o gothic metal.



Em apenas três anos chegaram aos escaparates três discos... «Theatre of Tragedy» em 1995, «Velvet Darkness They Fear» em 1996 e o EP «A Rose For The Dead» em 1997. Sempre em curva ascendente a banda grava o álbum que, olhando agora para trás, encerrou a primeira fase da sua carreira. «Aégis», de 1998, viu-os coroados pela imprensa e pelos fãs, envoltos numa nuvem de unanimidade face ao crescimento que tinham sofrido num tão curto espaço de tempo.



À semelhança de que se passou com os The Gathering e Within Temptation também os Theatre Of Tragedy optaram por, a dada altura, procurar ar novo para respirar criativamente. «Musique», de 2000, mostrou os músicos noruegueses a experimentarem com texturas industriais, electro e pop e provocou comentários menos positivos por parte dos fãs mais ferrenhos, mas a banda mostrou independência e, com o olhar fixo no caminho, disparou o confiante «Assembly».



Sem que nada o fizesse prever, este acabaria por ser o último trabalho da banda com Liv Kristine ao microfone, afastada da banda em Agosto de 2003. Sem perderem tempo, os sobreviventes juntaram-se a Nell Sigland e, no Inverno de 2004 , fazem uma primeira digressão com a nova formação. «Storm» e «Forever Is The World», de 2006 e 2009 respectivamente, mantiveram a abordagem mais moderna intacta e juntaram-lhe algumas reminiscências do passado. Nell afirmou-se como a nova cara e voz dos Theatre Of Tragedy, fazendo jus aos temas antigos e revelando uma identidade própria. É precisamente entre o passado e o presente que se vão regressar a Portugal, no dia 20 de Março.
 
 
Raymond István Rohonyi - Voz
Nell Sigland - Voz
Frank Claussen - Guitarra
Vegard K. Thorsen - Guitarra
Lorentz Aspen - Teclados
Hein Frode Hansen - Bateria


UMA PRODUÇÃO

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