FILARMONICA FRAUDE

FILARMONICA FRAUDE

Passado, Presente e Futuro!



Bastaram 3 anos (1968-1970), dois EPs (cd single) e um LP (disco de originais completo) para que a Filarmónica Fraude marcasse indelevelmente a música portuguesa. "Epopeia", o seu único LP até à data, é hoje considerado uma referência obrigatória da música portuguesa do século XX, tanto que em 1998 foi reeditado pela Universal Music Portugal, integrando a colecção "Coração Português".

Há 40 anos, rapidamente se tornaram únicos por únicos serem a misturar na perfeição as raízes da música tradicional portuguesa com as novas roupagens da pop, dando origem a pérolas como “Digo-Dai”, “Homenagem Póstuma” ou o célebre “Menino” (mais tarde também gravado pelos Quinta do Bill). O som era completamente novo e as letras de António Pinho (entretanto fundador da Banda do Casaco) imbuídas de uma inteligente e subtil crítica social (a censura era feroz, chegando a vetar-lhes a capa de “Epopeia”, também ela revolucionária na altura) foram, na voz da imprensa, “um caso muito sério…” ou “uma pedrada no charco e no marasmo da música portuguesa.”! O êxito foi imediato, a Filarmónica Fraude tocava em todo o lado e o seu som fazia-se ouvir. Contudo, o serviço militar obrigatório levou à necessidade de algumas alterações na formação inicial o que acabou por originar o desagregamento que deixou a Filarmónica em stand by…

Há sensivelmente um ano, os membros originais – Luís Linhares (piano), Júlio Patrocínio (bateria) e Antunes da Silva (voz principal, guitarra) voltaram a juntar-se e a sentir que ainda há muito para dizer e fazer, a sentir que a criatividade e a força continuam a existir e a serem precisas, a sentir que seria uma fraude não continuar! Face a isto, o inevitável aconteceu, a Filarmónica Fraude renasceu! Como não poderia deixar de ser, António Pinho continua no leme das palavras, mantendo bem viva a sua fresca acutilância poética e ao grupo junta-se também Serafim (voz, percussão, flauta) e José Ricardo (baixo).

Mais jovens que nunca, agarraram-se ao trabalho. Os temas que os celebrizaram ganharam novos arranjos, o que ao vivo resulta numa sonoridade forte e actual, as músicas novas começaram também a aparecer e em Junho reapresentaram-se ao público no Cine Teatro de Tomar, aproveitando para comemorar os 40 anos de “Epopeia” mas mais importante que isso, para marcar o início do regresso da Filarmónica Fraude aos concertos e aos álbuns!

 



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