15 de Maio de 2010
4ª Edição do Ciclo de Concertos Íntimos
Cine-Teatro de Estarreja
Nuno Guerreiro ao vivo e em grande forma
Já lá vão uns anitos – precisemos: dezasseis – que Nuno Guerreiro deixou boquiaberto um Portugal não preparado para uma voz contra-tenor nos tops de música. Foi assim no início, com a Ala dos Namorados.
Entretanto, o rapaz fez-se homem e está já a preparar o lançamento do seu terceiro disco em nome próprio, que se chamará “Discriminação”. O tempo passa...
Nuno Guerreiro presenteou-nos com uma noite de emoções e recordações.
Para além dos seus próprios temas, interpretou músicas da Ala dos Namorados, como o “Caçador de Sóis” ou “Fim do Mundo”, e versões de temas (já) universais como “Everybody's Got to Learn Sometime”, “Miss Sarajevo” e “Creep”. Falou um pouco do seu percurso musical e apresentou algumas das suas novas criações como “Se não estiveres cá”, “Gangster” (onde o guitarrista Berg encanta em background com a sua slide guitar) e “Não sei”. Esta última foi, de resto, repetida no encore e será o primeiro single do novo álbum. O refrão foi repetido até à exaustão:
Eu sei que te vou amar
Não sei se tu vais gostar
Bem sei que eu vou tentar
Não sei o que vais pensar
Boa batida e boa escolha para primeiro single!
Para o tema “Tento saber”, do segundo álbum, o cantor chamou ao palco Ricardo, um convidado especial, e também o tema “Casa” (dos DaWeasel, com a participação de Manuel Cruz na versão original) foi interpretado em dueto, desta feita com Bambino, um dos elementos do trio de coro.
“Guida” foi interpretada com muita emoção, e foi um momento alto. Como foram, de resto, aqueles que Nuno nos trouxe com “Criatura da noite” e “Solta-se um beijo”, nos quais o público participou fortemente.
“Vem cá”, cantada na versão original com T.T., serviu de mote para a apresentação dos oito músicos que constituiram a banda de Nuno Guerreiro. A saber:
no saxofone - Guto Lucena; nos contrabaixo e baixo - Miguel Amado; na bateria - Carlos Miguel; na guitarra e segundas vozes – Berg; ao piano - Ruben Alves; e nos coros - João Miguel, Helder e Bambino.
O concerto terminou após um encore, com os “Loucos de Lisboa”, durante o qual Nuno Guerreiro desceu do palco e se deslocou pela sala, plateia dentro, a despedir-se e a agradecer a todos. Singular.
A sala esteve muito composta e a plateia animada. Não foram raros os piropos ao artista e este nunca os ignorou e respondeu sempre com enorme simpatia.
No fim do espectáculo, Nuno Guerreiro subiu ao café-concerto do Cine-teatro, onde transformou uma sessão de autógrafos num convívio informal com os seus (maiores ou menores) fãs. Quem optou por não ir logo para casa, certamente que não se arrependeu: muito bem-disposto, muito irreverente e, de novo, muito simpático, tratou com enorme deferência todos aqueles que a ele se dirigiram para um autógrafo, para uma fotografia ou apenas para uma troca de impressões. Muito terra-a-terra, este Nuno Guerreiro. Já gostávamos dele e passámos a gostar ainda mais... Ainda por cima, está a cantar cada vez melhor!
E depois do concerto...
Reportagem:
Sara Salgado e Rui Vaz
Agradecimentos:
Cine-teatro de Estarreja
Ponto G
Reportagem espectacular para um concerto memorável...
ResponderEliminarNão me lembro o que estaria a dizer ao "querido" Nuno, para ele ficar com aquela expressão. ;)
Mal, não era de certeza.
Esmeralda
Sempre excelente... sempre, como sempre! Mais um texto perfeitamente redigido... e depois a nível de fotografia, parecem-me ainda melhores do que aquilo que vinham apresentando, que na minha óptica, já eram muito, muito boas!
ResponderEliminarparabens ... uma reportagem muito boa...
ResponderEliminarFilipe.
Óptimas fotos, excelente texto! (Bem melhor do que muitas descrições da Blitz...)
ResponderEliminarObrigado por esta recordação de um concerto que também gostei muito ;)