Mão Morta


MÃO MORTA

Hyphen

Old Gun

ROCK ás SEXTAS - Serra do Pilar, 6 Agosto, V.N. de GAIA 2010



Uma banda de culto como os Mão Morta, com 26 anos de carreira e uma obra que vai para além dos álbuns, arrastam talvez as multidões mais ecléticas do nosso país.

Alguém me disse há uns tempos que os Mão Morta são como os Xutos & Pontapés mas completamente diferentes. Seja lá o que isso quer dizer, não deixam ninguém indiferente e isto já dura há quase 3 décadas.

Nenhuma outra banda nacional tem o respeito e estatuto destes “rapazes”.

Hoje cá estão para deliciar das almas mais negras às mais iluminadas, entre jovens que ostentam t-shirts de bandas de metal extremo e aqueles fãs que já trazem a família para assistir a algo único como uma verdadeira cerimónia levada a cabo pelo Grande ADOLFO LÚXURIA CANIBAL.


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Para aquecer os ânimos e corações, abrem os Hyphen aqui a promoverem o seu EP, e participando no Concurso United In Sound.

Sonoridade com referências mais ou menos identificáveis, como Skunk Anansie mas o seu som tem personalidade suficiente para ser uma entidade por seu próprio mérito.

Óptimos músicos, composições muito ricas em arranjos (talvez exagerem de quando em vez na sua complexidade), enfim, mais uma prova que temos bandas com potencial enorme.

Os solos de Dimitar KoKov a lembrarem o belo tempo em que eram uma parte vital num tema… de louvar.































































Lost Gun… a surpresa. Super energéticos, destaca-se o seu vocalista pela presença em palco e por uma voz sempre "lá".

Surpresa porque o seu som, que apenas conhecia do seu Myspace, é bem pobre e apenas mostra um rock com ares de punk e afins.

Ao vivo, confesso, fiquei de boca aberta com o som bem forte, com músculos para dar e vender, sonoridade bem “á séria”, bem animado sem perder o lado pesado.

A sua versão de “I Ran (SO FAR AWAY) dos “A Flock of Seagulls” já de ’83 (salvo erro), contagiou a malta toda e foi a festa.

Prestação muito acima da média.
























































































É tempo de os Mão Morta tomarem a noite para si e fazem-no com aquela sombra que se abate sobre quem ali está presente.

Adolfo ganha então uma força que o transforma num ser tenebroso, a verdadeira face do Mal. Depois vamos, durante os temas, entrando nesse mundo e todas as noções prévias são questionadas.

Sentir e entender Mão Morta é renascer.

Toda a sua eficácia nesta noite que parou para ouvir.

O novo álbum teve especial destaque, como não poderia deixar de ser, e ainda bem. “Pesadelo em Peluche” é mais uma daquelas obras obrigatórias. A não passar ao lado.

A crítica em breve aqui, na IMAGEM DO SOM.




















































































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Texto e Fotografia: Ricardo Costa

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