SAMUEL ÚRIA
O CONCERTO DO THEATRO CIRCO, EM BRAGA
E era já a vez de Samuel Úria, um “histórico” na FLORCAVEIRA, aqui dando a conhecer o seu último trabalho “Nem Lhe Tocava”, apelidado por muitos como o seu 1º trabalho “a sério”, pela Valentim de Carvalho.
O CONCERTO DO THEATRO CIRCO, EM BRAGA
E era já a vez de Samuel Úria, um “histórico” na FLORCAVEIRA, aqui dando a conhecer o seu último trabalho “Nem Lhe Tocava”, apelidado por muitos como o seu 1º trabalho “a sério”, pela Valentim de Carvalho.
Com uma presença mais segura digamos, não deixaram de serem intensos todos os momentos que passou em palco.
O seu som tem uma forte base na música popular, sendo pop e tudo que isso indica nos nossos dias, com umas “chicotadas mais alternativas” usando uma expressão do próprio.
Acompanhado por Filipe Sousa, Jónatas Pires, Miguel Sousa, Tiago Ramos, com aparições da bela Miriam Macaia (voz e violino).
Abriu com seu grande hino aos amores/desamores, “Nem Lhe Tocava”), balada que chama a lágrima, mas com toda a classe.
É impossível não comparar os dois músicos que encantaram hoje em Braga, e quais as razões da rendição perante os mesmos.
No topo acho que está o recuperado prazer em ouvir cantar em português temas com total credibilidade como tal, mesmo com inevitáveis influências dos mais variados tipos de sonoridades. Acho mesmo que nunca se fez pop tão português.
Voltando a Úria, com claras raízes gospel, junta-lhe rock’n’roll daquele bem energético, com linhas de indie e sonoridades nacionais, onde por exemplo no tema “Ócios do Oficio” se nota uma merecida e acima de tudo conseguida homenagem a António Variações, com as devidas inflexões vocais.
Mas não se enganem. Não se trata do baladeiro alternativo (muito em voga nos dias de hoje), é um musico consciente, atento, pensante. Nele, a evasão e a implosão, guiam as suas criações pelas realidades mundanas, onde curiosamente não se denota qualquer desconforto, mas sim uma espécie de espaço narrativo e porque não de oração?
Temas como “Rua da Fonte Nova 171”, o “No Cover”, o single/vídeo “Não Arrastem o Meu Caixão”, “O Diabo”, e outros da mesma qualidade, iam enchendo o ar de calor musical e humano, onde era notório todo trabalho que certamente Úria teve ao tornar assuntos e sensações tão complicadas em linhas sonoras aparentemente tão simples. É afinal essa a genialidade de um compositor pop.
Gostamos da versão lusa do tema “Something” dos “senhores BEATLES”, onde se temiam quedas para o facilitismo, mas que uma interpretação sentida fez mais do que um sentir o tal arrepio bem vindo.
Fechou com a banda numa oração cantada junto a um microfone que nesse momento era o centro do mundo de uma audiência rendida.
Uma nova onda musical? Pensamos que sim, e bem falta nos faz.
“Ide todos com Deus”
TEXTO : RICARDO COSTA
FOTOGRAFIAS : HUGO SOUSA
AGRADECIMENTOS AO
Grande foto do Samuel
ResponderEliminar( http://1.bp.blogspot.com/_7Bsm4-adwY0/S4KTlXqbB8I/AAAAAAAALsM/ZIsLxtKBgFk/s1600-h/_MG_6527+%5Bhugo%5D.jpg ) Adoro! :D