LISA EKDAHL
na Casa da Música
Foi quase intimista a apresentação do oitavo álbum da sueca Lisa Ekdhal na Casa da Música.
Quase porque uma lotação praticamente esgotada, numa sala com capacidade para 1100 pessoas, não pode ter esse acomodamento que a voz de Lisa pede. Talvez por isso haja quem a prefira ouvir no sofá.
Neste regresso a um palco que já conhecia desde 2008, não se mostrou menos tímida. Muito resguardada no seu timbre falsete, Ekdhal beneficiou, contudo, da irreverência do seu novo produtor, Mathias Blomdahl, verdadeiro homem dos sete instrumentos (tocou oito ao longo de todo o concerto) e mesmo com um naipe de músicos muito curto (três além dela) conseguiu, a espaços, empolgar o público.
Intervalando temas do novo álbum com alguns do primeiro editado em inglês – Sings Salvadore Poe, de 2000 – que a internacionalizou, Lisa mostrou que está num processo de evolução, há muito se tendo libertado das amarras do Pop sueco e, agora, evoluindo do smooth-jazz para, aqui e ali, se notarem já alguns laivos de uma Pop de cariz anglo-saxónica.
Pena, contudo, o reportório ainda curto da sueca, que não permitiu mais do que 1h20m de concerto, escasso para uma sala tão cheia e entusiasta.
Perdura, contudo, depois de cada audição, a sua voz de água, que consegue, como conseguiu na Casa da Música, agradar a um naipe de público muitíssimo diversificado e que, com toda a certeza, voltará para audição do próximo trabalho.
Texto : NUNO MAGALHÃES
Fotografia : IAC
AGRADECIMENTOS
PORTOEVENTOS
Sem comentários:
Enviar um comentário