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DIABO NA CRUZ

DIABO NA CRUZ, IRRESISTIVEIS EM PALCO

A todos os elogios até hoje já desferidos aos DIABO NA CRUZ, que, aliás, subscrevemos na íntegra, os cinco Demónios tentam-nos a acrescentar um mais:

Irresistíveis, em palco!

A banda da Flor Caveira – que grande trabalho – apresenta-se ao vivo, com uma força enorme. Se o registo em estúdio já prometia, a sua transposição para concerto, resulta num espectáculo musicalmente irrepreensível, onde toda a capacidade do grupo em criar boa música se eleva a um ponto que, dificilmente encontra paralelo nas mais recentes revelações da música Rock em Portugal.

No sábado, dia 13 de Fevereiro, o CCVF recebeu, com uma enchente raramente vista, os DIABO NA CRUZ.

E, para uma banda, que apenas durante o passado 2009 se apresentou ao público, em formato de cd, surpreende, ou talvez não, o coro popular que em muitos temas a acompanhou.

Quase desde o inicio do concerto - com O Regresso da Lebre – que o público se rendeu aos encantos da música popular portuguesa, bem trajada de uma potente sonoridade Rock.

Tão Lindo”, “os Loucos estão Cegos” e “Bico de um Prego” – uma canção que revela claramente as duas referências do grupo - antecederam o primeiro momento alto da noite: “Casamento”.

A braguesa de B Fachada impõe-se, transportando-nos às raízes, que ecoam puras da voz do guitarrista Jorge Cruz. Poderosos, os Diabos arrancam para “Combate com batida”, evidenciando uma secção rítmica perfeita.

Depois de “D. Fuas Roupinho” e “Eito Fora/Macaco de Imitação”, chegou “Dona Ligeirinha” e uma vez mais a voz da banda foi substituída pela voz do povo. Outro instante grande do espectáculo do grupo de Lisboa que, antes do encore fez ouvir “Bom Tempo”, “Canção do Monte”, “Corridinho de Verão”, “Outra Forma” e uma espectacular interpretação de “Fecha a Loja”, que não o diabólico show, já que a sala exigia e merecia mais.

O regresso fez-se com “Gala do Amor Segredo” e a despedida ao som de “Loucos”.

Os DIABO NA CRUZ são, decididamente, uma banda de palco. Não basta ouvir o seu excelente trabalho de estúdio, onde o folclore, a música popular, são metamorfoseados, revelando-se em roupagem traçada de um rock em estado puro, vigorosamente interpretado por cinco músicos que muito terão a contribuir para a afirmação da qualidade da música que por cá se compõe.