BEHEMOTH + EXODUS
DECAPITATED + EX-DEO
no Cine Teatro Corroios a 22 de JUNHO de 2010
Abertura de Portas - 19h00
Inicio do Espectáculo - 19H30
Faz-se e ouve-se por aí muita música extrema, mas durante as últimas décadas os polacos BEHEMOTH afirmaram-se como uma banda extrema a todos os níveis e, sem aviso, transformaram-se nos porta-estandartes de uma geração de músicos que não está interessada em vergar-se perante os valores vigentes. Mensageiros da tradição blasfema do black metal através do conceito lírico e visual que exploram, Nergal e companhia injectam-lhe uma dose letal de death metal e, pelo caminho, acabaram por reinventar não um, mas dois dos subgéneros mais populares do underground. Quando subirem ao palco do Cine-Teatro de Corroios, no próximo dia 22 de Junho, o público vai estar perante uma máquina de guerra afinada até à perfeição que, apesar de não descurar um lado cénico capaz de gerar ambientes verdadeiramente obscuros, não faz prisioneiros. É uma descarga de energia a que ninguém se consegue manter indiferente, canalizada por um grupo de músicos que encaram cada espectáculo como se fosse o seu último. Muita imaginação criativa, muita habilidade técnica e uma vontade enorme de deixar uma marca num espectro em que a preguiça é frequentemente confundida com talento, fez dos BEHEMOTH um dos projectos mais consistentes de que há memória nos últimos anos.
No entanto, há mais três boas razões para que o dia 22 de Junho se torne muito especial. Os músicos polacos trazem na bagagem três bandas que, por si só, têm dado bastante que falar ao longo dos anos e prometem continuar a fazê-lo. Os EXODUS quase não precisam de apresentação, sendo já lendas vivas da explosão thrash metal que aconteceu na Bay Area durante os anos 80. Ao longo de mais de 20 anos, apesar de inúmeras mudanças de formação, nunca deixaram de destilar a fúria que sempre os caracterizou e, em 2010, apresentam-se com um disco novo e em tão boa forma como quando gravaram o clássico «Bonded By Blood» A acompanhá-los vão estar também os death metallers polacos Decapitated – de regresso com uma nova formação depois de perderem dois elementos num desastre de viação e terem estado parados durante dois anos – e os EX-DEO, projecto liderado por Maurizio Iacono (dos Kataklysm). A banda inclui outros membros do lendário grupo canadiano e, no disco de estreia, contou com convidados do calibre de Karl Sanders (dos Nile), Obsidian C. (dos Keep Of Kalessin) e do próprio Nergal, dos BEHEMOTH.
BIOGRAFIA BEHEMOTH
Formação:
Adam 'Nergal' Darski - Voz/Guitarra
Tomasz 'Orion' Wróblewski - Baixo
Zbigniew Robert 'Inferno' Prominski - Bateria
Os BEHEMOTH existem há quase duas décadas. Criados por um Nergal ainda adolescente em 1991, foram rapidamente transformando-se num nome de culto nos meandros underground black metal da primeira metade dos anos 90 com quatro lançamentos marcantes dentro do género. «From The Pagan Vastlands», o mini-CD «…And The Forests Dream Eternally», «Sventevith (Storming Near the Baltic)» e «Grom» viram-nos construir um certo culto à sua volta e estabeleceram-nos como um projecto a ter debaixo de olho. No entanto, foi com a adição do baterista Inferno e com o terceiro longa-duração, «Pandemonic Incantations», que começaram realmente a funcionar com todos os cilindros. O som da banda tornou-se mais musculado graças a uma produção moderna, as melodias tornaram-se mais penetrantes e, em termos de composição, o crescimento também era óbvio. Com o disco seguinte, o explosivo «Satanica», os BEHEMOTH deram vida a um monstro de tentáculos letais, cada vez mais injectado de death metal, mas mantendo a mesma atitude obscura que sempre os destacou dos demais. Duas digressões, ao lado dos Deicide e Satyricon, contribuíram para o alargamento da base de fãs e, já com «Thelema.6» na bagagem, deram início a um processo de conquista mundial que, visto de perto, revela um dos colectivos mais trabalhadores e experientes de que há memória em muito tempo. «Zos Kia Cultus (Here And Beyond)» elevou o patamar em termos de intensidade e manteve-os na estrada ininterruptamente; deste e do outro lado do Atlântico, com bandas como Amon Amarth, Halford, Testament, Superjoint Ritual, Opeth, Lacuna Coil e Six Feet Under. «Demigod» e «The Apostasy», de 2004 e 2007 respectivamente, mantiveram-nos na estrada durante quase seis anos. Fizeram tudo o que podiam e saíram vitoriosos da campanha, como verdadeiros guerreiros que não parecem ser deste tempo. Foi a Sounds Of The Underground em 2006, o gigantesco Ozzfest em 2007 e uma série de digressões com o que a música extrema actual tem de melhor para dar. King Diamond, Suffocation, Danzig, Morbid Angel, Chimaira, The Black Dahlia Murder, As I Lay Dying, In Flames, Trivium – não deve ser preciso dizer mais nada para se perceber que os BEHEMOTH jogam na primeira divisão do movimento em que se inserem. Se dúvidas restassem, «Evangelion» (editado no ano passado e considerado pela imprensa especializada como um dos melhores lançamentos do ano) tratou de desvanecê-las e a sua última passagem por Portugal mostrou que a garra que sempre os marcou ainda se mantém inalterada.
BIOGRAFIA EXODUS
Formação:
Rob Dukes - Voz
Gary Holt - Guitarra
Lee Altus - Guitarra
Jack Gibson - Baixo
Tom Hunting - Bateria
Gary Holt, Tom Hunting e Kirk Hammett (que abandonaria a banda um ano depois para se juntar aos Metallica) formaram os Exodus em 1982 e, com o lendário Paul Baloff no lugar de vocalista, começaram a cimentar rapidamente uma base de seguidores na Bay Area. Não demoram muito tempo a explodir à escala internacional, estabelecendo o seu nome no panteão dos incontornáveis – ao lado dos Metallica, Slayer, Testament e Death Angel – quando se fala de thrash metal feito, na Califórnia, durante os anos 80. Já com Rick Hunolt no lugar de Hammett e Rob McKillop no baixo, o quinteto gravou a estreia «Bonded By Blood» em 1985 – o disco acabaria por transformar-se num clássico do género e, quinze anos depois do seu lançamento, continua soar tão relevante como na altura. Uma digressão com os Slayer e Venom ajudou a espalhar o fenómeno, mas pouco tempo depois Baloff foi substituído por Steve “Zetro” Souza. O abalo não se fez sentir nas explosivas actuações da banda («Good Friendly Violent Fun» é um óptimo testemunho disso) e no estúdio também não, com «Fabulous Disaster» e «Impact Is Imminent» a manterem um registo tão consistente quanto contundente. «Force Of Habit» mostrou a banda num registo mais lento e, em 1992, os músicos decidiram fazer uma pausa no seu envolvimento. Só voltariam à carga quatro anos depois, mas com Paul Baloff novamente na voz – a reunião durou apenas duas digressões, imortalizadas no álbum ao vivo «Another Lesson In Violence». A 2 de Fevereiro de 2002, quando estavam finalmente a compor um disco novo, Baloff falece vítima de um AVC e «Tempo Of The Damned» esperaria dois anos até ser gravado, desta vez com Souza na voz. Em 2005 Hunolt e Hunting abandonam o grupo, sendo substituídos por Lee Haltus (dos Heathen) e Paul Bostaph (que já fez parte dos Forbidden, Slayer e Testament). Pouco tempo depois Steve Souza também bate com a porta, mas a equipa mantém-se inabalável e continua com Rob Dukes como vocalista. Totalmente desconhecido, Dukes prestou provas em «Shovel Headed Kill Machine» e, ao vivo, mostrou que consegue aguentar sem problemas o peso deixado nos seus ombros por dois nomes lendários do thrash. Hunting regressa em 2007, gravando «The Atrocity Exhibition... Exhibit A», um remake de «Bonded By Blood» intitulado «Let There Be Blood» e, com edição marcada para Abril, o novo «The Atrocity Exhibition... Exhibit B: The Human Condition».
BIOGRAFIA DECAPITATED
Formação:
Rafal Piotrowski - Voz
Waclaw "Vogg" Kieltyka - Guitarra
Filip "Heinrich" Halucha - Baixo
Kerim "Krimh" Lechner - Bateria
Os Decapitated são uma banda fora do comum. E sempre o foram, desde o primeiro momento em que o guitarrista Vogg, o seu irmão (e baterista) Vitek e o vocalista Sauron começaram a fazer música juntos na cidade de Krosno, na Polónia. Corria 1996 e, na altura, a média de idades dos três estava nos 14 anos. Um ano depois, o baixista Martin completou a formação – e tinha apenas 13 anos de idade. As maquetas «Cemeteral Gardens» e «The Eye of Horus» valeram-lhes algum reconhecimento no underground e a atenção da Wicked World, a subsidiária da influente Earache que editou «Winds Of Creation» em 2000. O grupo surpreendeu desde logo, pela juventude e pelo profissionalismo com que disparavam um death metal que lhes permitia rivalizar com os conterrâneos (e mentores) Vader. «Nihilty» e «The Negation», de 2002 e 2004 respectivamente, confirmaram todas as expectativas e a banda transformou-se num dos porta-estandartes do death metal técnico. Covan substituiu Sauron na voz em 2005 e, um ano depois, foi lançado o ambicioso «Organic Hallucinosis». Em Outubro de 2007, a viajar pela Rússia em digressão, a banda sofreu um desastroso acidente rodoviário. Vitek faleceu a 2 de Novembro, vítima dos ferimentos contraídos no desastre. Covan sobreviveu, mas em coma. No ano passado Vogg participou nas gravações do mais recente disco dos Vader e anunciou o regresso ao activo dos Decapitated, com uma formação que fica completa com três músicos novos – o vocalista Rafal Piotrowski, o baterista Krimh e o baixista Heinrich.
BIOGRAFIA EX-DEO
Formação:
Maurizio Iacono - Voz
Stephane Barbe - Guitarra
J-F Dagenais - Guitarra
Francois Mongrain - Baixo
Jonathan Leduc - Teclados
Max Duhamel - Bateria
Os Ex-Deo são uma criação recente de Maurizio Iacono, vocalista dos Kataklysm, sendo que o projecto tem apenas dois anos de existência. «Romulus», o lançamento de estreia, foi editado pela Nuclear Blast em 2009 e é um álbum conceptual sobre o império Romano. Graças ao ambiente épico que se respira ao longo dos seus onze temas, afasta-se desde logo do espancamento sonoro que caracteriza habitualmente os Kataklysm. A base do que se ouve é death metal, mas a incorporação de samples, teclados e melodias étnicas permite ao sexteto pintar um quadro musical que completa na perfeição o conceito lírico delineado por Iacono. Outra coisa, aliás, não se poderia esperar de uma banda que conta com outros elementos dos Kataklysm (JF Dagenais, Stephane Barbe e Max Duhamel), dos Blackguard (o teclista Jonathan Leduc) e dos Martyr (o baixista Francois Mongrain)... ou de um disco que conta com convidados como Nergal (dos Behemoth) em «Storm The Gates Of Alesia», Karl Sanders (dos Nile) em «The Final War (Battle Of Actium)» e Obsidian C. (dos Keep Of Kalessin) em «Cruor Nostri Abbas».
Behemoth / Exodus / Decapitated / Ex-Deo
UMA PRODUÇÃO PRIME ARTISTS
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