ENTREVISTA COM MARTIN LEVAC

ENTREVISTA COM MARTIN LEVAC

EXCLUSIVO IMAGEM DO SOM


Conhecido internacionalmente como o melhor tributo a Phill Collins, canadiano, baterista e cantor, ele chama-se Martin Levac e escolheu Portugal para o inicio da sua Tournée Europeia em 2010.

Assim a 11 de Fevereiro no Coliseu de Lisboa e a 12 no Coliseu do Porto , o publico português vai ter a oportunidade de assistir em primeira mão ao show “Dance Into the Light: The Ultimate Phill Collins Show”, um tributo ao grande músico e cantor de Rock e Pop progressivo – Phill Collins.

A IMAGEM DO SOM conversou com MARTIN LEVAC.




IMAGEM DO SOM: Primeiro, The Musical Box, depois Dance on a Volcano e, finalmente, Dance Into The Light. Esta é uma sequência que recria temporalmente o percurso musical de Phil Collins. É só uma coincidência, ou é esse o teu objectivo?


MARTIN LEVAC: Diria que é definitivamente algo mais do que uma mera coincidência; deve-se também ao facto de eu ser o maior fã do Phil Collins. É um enorme prazer retratar toda a carreira do Phil; e, ainda tenho o projecto Brand-X Tribute, para 2011.
Eu tinha 15 anos em 1986 e o Invisble Touch foi o meu primeiro álbum dos Genesis e nos meses seguintes comprei a discografia toda da banda! Tanto quanto me consigo recordar, desde os meus 12, 13 anos, que sempre quis cantar e tocar como o Phil Collins. A minha primeira banda chamava-se CHESTER -PHIL

IMAGEM DO SOM: O que nos reserva o espectáculo Dance In To The Light?

MARTIN LEVAC: Temos muito por onde escolher, do vasto repertório do Phil Collins, e os espectáculos do Dance In To The Light, certamente variarão de tour para tour.

Por enquanto a set list é um desfilar dos maiores êxitos, com alguns temas específicos, de que gosto particularmente, à mistura. Uma coisa poderei garantir: apenas interpretaremos material da carreira a solo do Phil Collins e vamos fazê-lo o mais parecido possível com as versões originais.

IMAGEM DO SOM: Dos três projectos, qual aquele que mais te agrada?

MARTIN LEVAC: Diria que o Dance Into The Light.


IMAGEM DO SOM:  Porquê?


MARTIN LEVAC: Porque o show é realmente bom, carregado de energias positivas.. A set list é minha, assim estou mais empenhado na fase criativa, do que no Dance On a Volcano, ou no The Musical Box.

E, além do mais, pomos as pessoas a dançar e a cantar. Toda a gente, dos 7 aos 97 anos, adora as canções Phil Collins.

Este ano de 2010, comemora-se o 25.º aniversário do álbum No Jacket Required, o que me traz excelentes recordações; posso dizer que o mesmo se passa com todos aqueles que assistem aos concertos. Isto mostra que a minha geração, que conheceu os hits do Collins dos anos 80, tem uma grande vontade de reviver aquela experiência e sensações.

E depois, há a banda do Dance Into The light, que é fantástica. É, para mim, um privilégio poder interpretar ao vivo as composições do Phil, rodeado de excelentes músicos.

IMAGEM DO SOM: São enormes as diferenças entre os primeiros anos dos Genesis, com um rock progressivo, e os últimos, num estilo mais Pop. Com qual dos dois mais te identificas?


MARTIN LEVAC: Estive, por muito tempo, fortemente ligado aos primeiros anos dos Genesis. Mas depois de ter tocado mais de 300 vezes o Lamb Lies Down, o Selling Sngland by the Pound e o Foxtrot, um pouco da magia desapareceu. Apesar de pensar que a música, dos primeiros tempos dos Genesis é puramente genuína, com o correr do tempo, fui sentindo falta das canções Pop.

Recordo-me bem da lufada de ar fresco que para mim representou, por exemplo I Know What I Like. É o factor “Groove”. Eu acho que sou um baterista “groovy”.

E, além do mais tenho a oportunidade de ser voz principal, ser uma presença na frente palco, em vez de ficar lá atrás a cantar por cima do vocalista principal. Mas diria que sou um apaixonado pela música.Tanto me deixo tocar pela música clássica, como pelo soul, funk e Rhythm and Blues e tudo o mais que pelo meio se move. Quando canto no projecto Genesis-Rewired com o Daryl Stuermer, dá-me igual prazer cantar Squonk e Throwing it all away !


IMAGEM DO SOM: Preferes a bateria ou a voz?


MARTIN LEVAC: Perfiro…as duas!


IMAGEM DO SOM: E, é difícil conciliar as duas em palco?...

MARTIN LEVAC: Comecei a tocar bacteria com 8 anos, e tocava por cima dos Beach Boys , do Elvis e do The Wall dos Pink Floyd. Depois disso descobri tudo o resto.

Aos 15 anos comecei a cantar e a formar bandas. Durante alguns anos estava na bateria e na voz. Lembro-me bem que, por vezes, dadas as dificuldades das partes de percussão, me concentrava mais na bateria, saindo a voz quase que automaticamente; outras vezes era o inverso.

Assim em verdade, sou baterista e cantor, mas em primeiro lugar sou músico, e tenho a sorte de ter mais do que uma forma de me exprimir musicalmente.
E, claro, o Dance Into The Light dá-me essa oportunidade


IMAGEM DO SOM:  O que sentes quando dizem “O Martin Levac canta melhor do que o Phil Collins”?


MARTIN LEVAC: Fico um pouco constrangido, porque para mim o Phil é único.

Esforço-me por tocar e cantar o melhor possível, por vezes, transformando-me e assumindo em palco, o carácter de Phil Collins.

Tenho que reconhecer que quando o Daryl Stuermer ou o Ronnie Caryl elogiam a minha voz, me sinto muto orgulhoso…

IMAGEM DO SOM:  E, cantas mesmo melhor que o Phil Collins?


MARTIN LEVAC: Canto diferente… mas com certeza que não canto melhor.

IMAGEM DO SOM: Os teus projectos de Tributo são considerados dos melhores que existem, tendo um sucesso enorme, tanto no Continente Americano, como na Europa. Isso deve-se ao Phil Collins e aos Genesis ou ao Martin Levac?


MARTIN LEVAC: Definitivamente, deve-se aos Genesis e ao Phil Collins, porque é a música deles que traz público aos meus concertos. Se lhes dessem a escolher, prefeririam assistir as bandas originais.


IMAGEM DO SOM: Além de Dance on a Volcano e Dance Into The Light, integras ainda o Daryl Stuermer Genesis Rewired Project. E a tua carreira como compositor, fica assim posta de lado? Já não gravas um disco desde 2006, com “Influences”…


MARTIN LEVAC: Sim, há a música dos Genesis e do Phil Collins e à a minha própria carreira.

Editei dois discos em francês, lá em “casa”, em Montreal, Quebec, nos anos de 2000 e 2002, e depois, em 2006, Influences, com metade dos temas em inglês.

O que se passa, é que estou de tal modo envolvido nos projectos ao vivo, que dou pouco do meu tempo à composição. Gostaria de equilibrar um pouco mais as coisas, no futuro. Tenho algum material que compus, arquivado no computador, à espera dos arranjos e de uma gravação… talvez faça qualquer coisa depois desta digressão.

Só que 2010 vai ser um ano muito trabalhoso em termos de tournées, tanto com a Dance Into The Light, como com o Genesis Rewiered, e eu vou-me divertindo!

IMAGEM DO SOM: Tem algum significado, o facto da digressão europeia se iniciar em Portugal?


MARTIN LEVAC: Eu até acho que, no inicio, a digressão nem era para começar em Portugal, mas estou muito contente por tal vir a acontecer.

Já toquei em Lisboa e no Porto e foi sempre fantástico; gostaria de me apresentar em mais cidades em Portugal.

IMAGEM DO SOM: Muito obrigado e Uma Grande Tournée Europeia!

MARTIN LEVAC:  Obrigado!

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