TRIBUTE TO QUEEN

Coliseu do Porto
27 de Junho de 2010



Pearl Band
Dios Salve a la Reina



(Re)(Vi)Ver a mítica banda britânica Queen e a sua música foi o objectivo com que o público portuense quase encheu o Coliseu do Porto, na noite de Domingo, 27 de Junho.

O aquecimento da noite esteve a cargo da Pearl Band, de Almada, uma banda tributo aos Pearl Jam. A Pearl Band é constituída por João Beato na voz e guitarra, Pedro Madeira na guitarra e nos coros, Gordini no baixo e Duarte Carvalho na bateria.










 





































A Pearl Band cumpre muitíssimo bem aquilo a que se propõe fazer e agarrou com relativa facilidade, e com enorme simpatia, um público que não estava lá para os ver. Gostámos.



Após pouco mais de uma hora de actuação e da habitual troca de palco, as luzes da sala voltaram a apagar-se e o Coliseu aplaudiu efusivamente a introdução instrumental de “One vision”. À medida que os primeiros acordes da música soavam da magnífica guitarra do “Brian May” de serviço - Francisco Calgaro - os argentinos Dios Salve a la Reina entraram em palco, num monumental início de espectáculo que em tudo fez lembrar o histórico concerto dos Queen em Wembley, em 1986.



Um “Freddie Mercury” enérgico e pujante - o extraordinário Pablo Padin - desde cedo andou de um lado para o outro do palco, tal como o original, correndo, gesticulando, pulando e cantando como se não houvesse amanhã...
















Mais atrás e mais discretos, um”John Deacon” - Ezequiel Tibaldo - e um “Roger Taylor” - Matias Albornoz - contribuiram decisivamente para que um som “fielmente Queen” se tenha feito ouvir no Coliseu durante quase duas horas.


A “One vision” seguiram-se “Tie your mother down”, “Under pressure”, “Somebody to love” e “Hammer to fall”. Nesta altura torna-se evidente o enorme rigor com que este músicos encarnam as suas personagens; não é só o som que é igual: as roupas, os movimentos, os tiques, tudo está estudado ao pormenor. A semelhança física entre Pablo Padin e Freddie Mercury é impressionante como, de resto, as imagens documentam.

















Francisco Calgaro é, também ele, uma cópia muito bem conseguida de Brian May. É alto como o original e, embora não tão esguio, pega na guitarra com a mesma elegância.



O desfile de êxitos continuou com “Innuendo” (tema que os Queen nunca chegaram a interpretar em palco com Freddie Mercury, mas que soube muito bem “rever”), “It’s a kind of magic” (durante o qual o público foi presenteado com enormes bolas de borracha), “Another one bites the dust”, “Save me” (com “Brian May” a fazer a primeira parte da música ao piano), “I want it all” (de novo, nunca interpretado ao vivo pela banda) e “Who wants to live forever”.

















Por esta altura as coisas acalmaram (pontualmente), com o duo “Freddie Mercury” / “Brian May” a deliciarem a audiência com as interpretações acústicas de “Is this the world we created?” e “Love of my life”.


“Killer queen” abriu seguidamente caminho a um solo de guitarra onde “Brian May” fez a sua lindíssima red special guinchar até ao limite. Grande ovação no final, com o potente ré maior de “Now I’m here” a fazer-se ouvir, para alegria de todos.


“Roger Taylor” deu um ar da sua graça no solo de bateria que se seguiu e, depois, foi um "Freddie Mercury" de peruca e peito avantajado que entrou em cena para “I want to break free”. “Radio gaga”, “Crazy little thing called love” e “Bohemian Rhapsody”, fecharam a primeira parte do concerto.
















“The show must go on” abriu o encore, no qual se escutou ainda “We will rock you”, “Friends will be friends” e “We are the champions”. Como no fim de todos os concertos dos Queen, também os Dios Salve a la Reina se despediram do público ao som de “God save the Queen”, na versão sobejamente conhecida do álbum “A night at the opera”.





Será injusto dizer que os Dios Salve a la Reina são tão bons como os originais. São, simplesmente, tão bons quanto se pode ser a imitar os Queen, com a garra e com a coragem com que o fazem. São, também simplesmente, excelentes.



E assim, ainda que por breves momentos, o tempo voltou para trás e os Queen estiveram mesmo à nossa frente...















Texto e fotografias:
Sara Salgado



Agradecimentos:
Remember Minds





4 comentários:

  1. Anónimo29.6.10

    Espectacular!

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  2. Belíssima descrição... pormenores profundos de alguém conhecedor e brutalmente bem informado... as fotografias parecem falar por si... captações e descrições ao mais alto nível de mais uma noite aparentemente singular! Impressionantes as parecenças e os movimentos-gestos dos músicos ... depois de tanta similaridade, retenho a última frase do texto "e assim ainda que por breves momentos, o tempo voltou para trás e os Queen estiveram mesmo à nossa frente".

    Deixo-vos com um POTENTE!

    E olhem ... parabéns a todos (site, músicos, e aos artistas que tão bem seguiram e cobriram a noite de 27 de Junho no coliseu do Porto!

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  3. Sérgio Miguel30.6.10

    Gostei muito do texto mas acima de tudo das fotografias... só elas são descritivas do grau de parecença de uma das melhores bandas que apareceu até ao momento no globo terrestre... se não as tivesse visto, não acreditava... pena não ter convencido o velhote a levar-me ao Coliseu para verificar "in loco" sobre o grau de parecença no que toca a voz e música...

    Portanto fora o velho, e um "biba" para a Imagem do Som, para o Rui Vaz e para a Sara... Já agora, vocês para além de construir textos e tirar fotografias também tocam e cantam?... "num" pode ser carago!

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  4. Anónimo1.7.10

    .

    RUI : Excelente reportaje fotográfico.
    SARA : Preciso y contundente artículo .

    Gracias por compartirlo con todos .

    ( IsaGj )

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